Mediação resolve conflito de 30 anos e reaproxima familiares em Pelotas
Esperávamos há 30 anos este encontro! Assim João Francisco Portugal definiu a sessão de mediação em que firmou o termo de acordo com os irmãos e os sobrinhos, realizada na tarde do dia 1º/12, no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) da Comarca de Pelotas, RS.
O caso tratava de um imóvel de herança, e havia sido levado à Justiça comum para a solução, mas sem tratativas possíveis.
Passadas mais de três décadas, dois herdeiros procuraram o Serviço de Atendimento Jurídico da Universidade Federal de Pelotas (SAJ-UFPel), no Rio Grande do Sul, a fim de poderem vender o imóvel de propriedade comum. A questão era complicada. E, pela complexidade do processo, a solução litigiosa era quase impossível, explica a professora Simone Tassinari Cardoso, do SAJ-UFPel, e também mediadora. Ela conta que já havia outras oportunidades, em duas ações, em que não foi possível a solução judicial.
A ausência da burocracia, a rapidez, e a certeza do sucesso que não se consegue ter na via comum da Justiça, aliviou a herdeira e também advogada Emilene Portugal, que acabou adquirindo a casa. Ela ainda afirmou que o que mais lhe impressionou na mediação é a informalidade levada a sério: cada um ter sua oportunidade de falar e ser ouvido, sem rigorismos. Esse é o caminho para que muitos casos deem certo.